Como engajar seu time para a retomada?

Muitas incertezas, mudanças e protocolos circundam a retomada. Aliar seu time para navegar nesse mar de probabilidades é essencial.

Calma! Este texto não promete receita pronta. Não acreditamos nos 10 passos para o sucesso da retomada. Isso não existe, porque cada empresa é única e os times são compostos por pessoas, cada qual com sua singularidade. A cultura da empresa, isto é, o conjunto de elementos (comportamentos, hábitos, crenças, lideranças, etc) são a base para impulsionar ou retrair o engajamento.

Muitas vezes os novos procedimentos para a retomada ficam restritos a diversas explicações. Lamentamos informar, mas explicar é bem diferente de compreender. Explicar tende a ser reducionista, e compreender é a experiência de enxergar a coisa como ela é na sua totalidade. Allan Kaplan, em seu livro Artistas do Invisível, diz que compreender é holístico, enquanto explicar é analítico. Vamos olhar mais para esse olhar holístico.

Por que minha equipe não entende que uma coisa está ligada na outra? Por que não seguem o que eu falo? Por que não se comprometem com o que precisa ser feito? São questionamentos comuns. Um dos pontos que pode ajudar a evitar essa frustração nas lideranças é reconhecer que somente dar explicações não garante que as mudanças aconteçam. E isso não quer dizer que sua equipe está sacaneando ou descomprometida com o bem da organização. Quais outras formas de aprendizagem você estimula dentro da sua empresa? Como você cuida dos espaços de aprendizagem? Precisamos entender que esses espaços não são apenas treinamentos, mas a cultura, momentos e estímulos que a empresa proporciona para nutrir um ambiente de pessoas que aprendem. Quando exercitamos a cultura do aprendizado, cortamos males, lidamos melhor com os erros e alcançamos melhores resultados, porque convidamos as pessoas a assumirem seus papéis e responsabilidades com maior engajamento e autonomia.

Assim, power point, demonstrações práticas, vídeos são bons recursos e ajudam muito, mas ainda não são suficientes. Como engajar o time em outras formas de aprendizagem? Como atuar de forma humana? Vamos ver alguns pontos importantes que podem contribuir. É essencial considerar a visão do ser humano na sua integridade: as dimensões do pensar, do sentir e do querer. As explicações moram na dimensão do pensar. É muito importante saber o que muda, como muda, objetivos, impactos e por aí vai. Depois, é comum pularmos para a dimensão do querer com treinamentos e demonstrações e pronto, estão dadas as ações da retomada: faça-se cumprir! Geralmente, é esquecida a dimensão do sentir, que se refere como as emoções da equipe em relação a mudança, quais os medos, anseios, expectativas, sentimentos. Sabe a velha expressão: “isso não faz sentido”? As mudanças, orientações, precisam passar por essa esfera para integralizar o aprendizado em cada pessoa. Do contrário, se torna apenas uma norma a ser cumprida, e quando puder, eu faço do meu jeito, porque é assim que faz sentido para mim. Por isso, a construção de momentos de interação é essencial.

Ao integralizar as três dimensões se reduz as reações comuns em processos de mudanças como antipatia, rejeição, o “isso não vai dar certo”, paralisia, sabotagem, entre outras. No entanto, é importante deixar claro que não basta abordar as três dimensões, pois boas explicações, colheitas do sentir e demonstrações não irão garantir o engajamento do time. Por que não? Porque a maestria está em identificar a necessidade de cada time, há grupos que precisam de mais enfoque de uma dimensão do que na outra. E, além disso, abordar o pensar requer cuidar da qualidade do conteúdo para que o time fale a mesma língua, isso aproxima e derruba resistências. No sentir, é essencial criar um ambiente de segurança que sustente a confiança para as interações. Aqui acontece a magia do envolver para desenvolver, uma vez que atua diretamente no fortalecimento da identidade do eu bem como na identidade da empresa. E no querer vive o comprometimento, exemplo: entendi quais são as mudanças, meus sentimentos foram considerados, agora posso ir para a prática. Nessa dimensão é fundamental cuidar do encorajamento da equipe, treiná-los, cuidar do ritmo e realizar acompanhamentos.

Portanto, não há receitas, mas podemos contar com bons ingredientes! Quer saber mais sobre o caminho integrado da aprendizagem e como abordar e os cuidados que cada dimensão requer? Conte com a gente!

__

Na Ponte nosso propósito é construir caminhos de desenvolvimento que transformem pessoas e tornem os ambientes organizacionais mais humanos e saudáveis. Fale com a gente nas redes sociais @pontedesenvolvimento ou pelo contato@pontedesenvolvimento.com

Compartilhar